A vez dos pequenos negócios
Engana-se quem acha que compliance, governança corporativa e gestão de risco (apenas para citar três exemplos) estão disponíveis apenas às médias e grandes empresas. As pequenas empresas – e também as microempresas – também devem se valer de tais instrumentos no gerenciamento dos seus negócios.
Assim como ninguém duvida da importância, por exemplo, da contabilidade (por mais simples que seja), nem do marketing (nem que seja o chamado “boca-a-boca”) como ferramentas de gestão, mesmo nas pequenas empresas, o compliance e a governança corporativa também devem estar inseridos no dia-a-dia das pequenas empresas. O princípio é o mesmo: se não observar regras de contabilidade, haverá perdas financeiras, mais cedo ou mais tarde; se não cuidar do marketing, haverá perda de mercado, mais cedo ou mais tarde. Se não se atentar às questões atinentes à governança corporativa, também haverá perdas para a empresa, mais cedo ou mais tarde…
O pequeno empreendedor — exatamente diante da sua condição de “pequeno” — deve se acautelar sempre quanto às suas atitudes no mercado. Evidentemente que o pequeno empreendedor não tem as mesmas ferramentas, nem o mesmo capital, por óbvio, das grandes empresas, mas é exatamente diante de tal circunstância que o seu bom nome no mercado deve ser sempre lembrado e mantido da melhor forma possível.
Para tanto, o pequeno empreendedor deve, sempre na medida do possível, fugir dos riscos que ponham o seu patrimônio material e imaterial em jogo, que coloquem a sua reputação em xeque, que lhe tragam perdas financeiras por vezes irreparáveis e que possam até mesmo levá-lo à falência. E, nesse contexto, estamos falando de “riscos jurídicos”, inexoravelmente.
E é exatamente para se evitar riscos jurídicos, com todas as suas negativas consequências inerentes, que o pequeno empreendedor deve contar, como indicado acima, com instrumentos de compliance e de governança corporativa, além, claro, de um necessário acompanhamento jurídico, evitando-se perdas financeiras e abalos em sua reputação. E quanto menos riscos jurídicos tiverem, mais chances terão os pequenos empreendedores de permanecer no mercado, fazendo frente aos seus concorrentes de maior porte, galgando por uma maior participação no mercado, incrementando o seu lucro, o que, em última instância, é o que todo empreendedor almeja.
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Marcelo Jose Ferraz Ferreira
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Source: Advogados